quarta-feira, 11 de março de 2009

CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA [I]

Calçada da Cruz da Pedra - (2009) -(Foto de Satélite) LEGENDA DA FOTO - A)-Calçada da Cruz da Pedra - B)-Palácio D.Miguel Pereira Forjaz - C)-Palácio e terrenos do Visconde de Manique - D)-Forte da Cruz da Pedra - E)-Baluarte ou Forte de Santa Apolónia - F)-Passadiço ou Arco da Cruz da Pedra in Wikimapia
Calçada da Cruz da Pedra - (s/d) Fotógrafo não identificado (Guarda das Barreiras-Casa onde existia o posto fiscal) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa

CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA
«O SÍTIO DA CRUZ DA PEDRA (1)»
A CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA pertence à freguesia de «SÃO JOÃO». Tem início na convergência da Rua da Madre de Deus (antiga Rua Direita da Madre de Deus) com a actual Rua Nelson de Barros (antiga Estrada da Circunvalação) e finaliza na Rua de Santa Apolónia.
«CRUZ DA PEDRA» - ou melhor de devia dizer «CRUZ DE PEDRA» - é uma designação mais provável das hipóteses, tem a sua origem numa cruz feita de pedra que existia neste sítio, ao cimo da ladeira que ligava ao Convento da Madre de Deus.
A Cruz, encontra-se representada num painel de azulejos (antes de 1755) no Museu do Azulejo em Xabregas.
Nesta rua era feito o transito para se entrar em Lisboa; o traçado da linha primitiva dos Caminhos de Ferro limitou-se, afinal, a acompanhar esta artéria. A muralha deste caminho, sobre o rio, que foi construída entre 1769 e 1770, e quase toda a margem Sul desta rua até Xabregas é presentemente domínio da C.P.
A Estrada da Circunvalação decretada em 1852, tem início na Cruz da Pedra (mapa da Planta de Lisboa em 1874 de José Pires Barroso, cap.) (1).
No lado oposto ao Forte da Cruz da Pedra, mesmo no início da Calçada da Cruz da Pedra, foi construída em meados do século XIX, a casa da «GUARDA DAS BARREIRAS» da cidade, para execução do decreto de 11 de Setembro de 1852 que reformou o Município de Lisboa.
"Os Guardas-Barreiras eram os agentes que, postados em zonas estratégicas no limite da cidade, tinham por missão controlar a entrada de mercadorias, algumas das quais se sujeitavam ao pagamento de imposto" (2).
Estas barreiras foram suprimidas em 30 de Setembro de 1922, mantendo-se a casa que servia de posto fiscal daquela área, demolida no último quartel do século passado,para enquadrar aspectos de uma nova urbanização.
Estando esta rua muna zona onde se situavam várias quintas,o local só passou a integrar a zona urbana da cidade na segunda metade do século XIX, na sequência da construção da Estrada da Circunvalação (artéria que corresponde hoje a Rua Nelson de Barros e Avenida D. Afonso III).
(1) - Dispersos Volume I -1968 - Lisboa - Página 68
(2) - Furtado, Mário - Do Antigo Sítio de Xabregas - 1997 - Lisboa - Página 80
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - (O SÍTIO DA CRUZ DA PEDRA [2])

2 comentários:

Monsenhor disse...

Olá meu querido,

Visitei teu blog e gostei muito ja que sou um fanatico estudioso por história. Quero lhe convidar a visitar meu blog que se chama Taberna da História.

www.tabernadahistoria.blogspot.com

Um abraço e ótima iniciativa

Monsenhor

APS disse...

Caro Monsenhor
Muito obrigado por ter visitado o meu blogue.
Já entrei na "TABERNA DA HISTÓRIA",achei muito bem elaborado e bastante conciso.
(não entrei nos VIDEOS 4:3)
Um abraço
APS