sexta-feira, 27 de março de 2009

CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA [V]

Calçada da Cruz da Pedra - (c. 1940) - Foto de Eduardo Portugal (Palácio na Calçada da Cruz da Pedra que pertenceu ao Visconde de Manique ao fundo) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa
Calçada da Cruz da Pedra - (194_) Foto de Eduardo Portugal ( Terrenos do Visconde de Manique na Cruz da Pedra) in Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa

(CONTINUAÇÃO)
CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA
«PALACETE DO MANIQUE (2)»
Numa parte do terreno onde existia o Palacete dos Manique, está hoje instalada a «ESCOLA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Nº 15», com entrada principal pelo número 2 e 4 da Calçada das Lajes.
Construída de raiz, veio substituir a Escola Primária de ambos os sexos, que era ministrada na fachada lateral do Convento de Santos-o-Novo. Estas instalações são pertença da Câmara Municipal de Lisboa.
Os terrenos a nascente deste Palácio, até às antigas «PORTAS FISCAIS DA CRUZ DA PEDRA», que integravam na propriedade de «PINA MANIQUE», foram local de uma fábrica, cuja firma era designada por G. & H. Hall. Lda., que se dedicava à fabricação de águas gasosas «PIROLITOS»(1), fundada em 1893 pelo citado industrial inglês «GEORGE ALEXANDER HALL» na Rua de Santa Ana, passando em 1894 para os terrenos à Cruz de Santa Apolónia e Mirante, transitando para este sítio da «CRUZ DA PEDRA» definitivamente no ano de 1898.
Georg Hall dera sociedade a um seu irmão. Após os seus falecimentos, a fábrica fica na posse das viúvas e de três filhos do fundador; «VIOLET», «GEORGE» e «CECIL», estes dois últimos habitaram em casas próprias construídas na quinta dos Manique e dos São Vicente.
Falando mais um pouco das antigas «PORTAS FISCAIS DA CRUZ DA PEDRA» é Frei Nicolau de Oliveira no seu «LIVRO DAS GRANDEZAS DE LISBOA» na página número 577, no seu tratado quinto «DAS ENTRADAS E SAÍDAS DE LISBOA», que nos relata o seguinte: «Esta cidade tem melhores, mais alegres e aprazíveis entradas e saídas que nenhuma outra da Europa.
Se se entra pela parte de XABREGAS, vindo do Oriente, tem uma parte de riquíssimas hortas e quintas; e de outra o rio, que com suas águas vem quase banhar a entrada.
Se se entra pelo Vale de Chelas, é o mais fresco e ameno que se sabe daqui a muitas léguas».
(1) - Espécie de bebida gasosa, antigamente servida numa garrafa (muito especial) cujo gargalo continha um berlinde.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) «CALÇADA DA CRUZ DA PEDRA [VI] - 6º CONDE DE SÃO VICENTE (1)»

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