quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA [II]

Campo dos Mártires da Pátria - (19__) - Foto de Chaves Cruz (Faculdade de Ciências Médicas antiga Escola Médica) in AFML
Campo dos Mártires da Pátria - (entre 1898 e 1908) - Fotógrafo não identificado (Patriarcado de Lisboa) in AFML

Campo dos Mártires da Pátria - (entre 1898 e 1908) - Fotógrafo não identificado ( Escola Médica, depois Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e o Monumento a Sousa Martins) in AFML
(CONTINUAÇÃO)
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA [ II ]
«CAMPO DE SANTANA (1)»
O «CAMPO DE SANTANA» (assim denominado desde 1755, devido à existência desde 1561 de um CONVENTO do mesmo nome) transformou-se no «CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA» por nele terem sido mortos nomes ilustres da resistência ao domínio Inglês.
Local de execução política, o «CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA», ficará sempre ligado ao nome de onze companheiros de «GOMES FREIRE DE ANDRADE», que aí perderam a vida.
Referindo-se a este episódio sangrento da história da cidade de Lisboa, «VICTOR DE SÁ» na obra «LISBOA NO LIBERALISMO» alude que a 18 de Outubro de 1817, se presenciou um "tenebroso espectáculo, com milhares de pessoas a assistir, começou pelo meio-dia e durou até às nove da noite" o que levou o Governador de Lisboa, a dizer a célebre frase «felizmente há luar».
O «LIBERALISMO» - Corrente política que se afirma na Europa sensivelmente por esta época. (Ver mais aqui ).
Nesta «CAMPO DE SANTANA», estabeleceu-se a Guarda Real da Polícia.
Ausente no Brasil estava a família Real e não havia maneira de a fazer regressar a Portugal muito embora o tão temido «NAPOLEÃO» já estivesse preso em Santa Helena, não se encontrando mais na Europa.
O reino de Portugal era governado por uma Regência reaccionária que se sujeitava às determinações do Marechal «BERESFORD» no que dizia respeito a assuntos militares. (ver mais aqui)
O Marechal «BERESFORD» recebeu uma denúncia da conjura que se enredara para a proclamação de um Governo de carácter Constitucional. À frente dessa "conspiração" era apontado o General «GOMES FREIRE DE ANDRADE» que não morria de amores pelo Marechal Inglês.
Presos e condenados em processo fechado, o General foi enforcado e queimado no Campo de Alqueidão, junto a «S. JULIÃO DA BARRA» no dia 18 de Outubro de 1817. No «CAMPO DE SANTANA», nessa mesma manhã subiram à forca os outros onze, condenados por alguns juízes venais.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA [III] - CAMPO DE SANTANA (2)»

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