sábado, 17 de julho de 2010

AVENIDA 24 DE JULHO [ IV ]


Avenida 24 de Julho (186_?) Fotógrafo não identificado (ATERRO da 24 de Julho, a Praça Duque da Terceira ainda sem a estátua mas arborizada e com calçada à portuguesa) in AFML

Avenida 24 de Julho - (Post. 1900) Foto de Joshua Benoliel (Vista panorâmica do Porto de Lisboa na zona de Santos e área envolvente) in LISBOA RIBEIRINHA

Avenida 24 de Julho - (Depois de 1877) Fotógrafo não identificado (Aspecto da zona antes da construção da Rua 24 de Julho) (Colecção Seixas) in AFML


Avenida 24 de Julho - (ant. 1882) Fotógrafo não identificado (Panorama da Ribeira - Mercado 24 de Julho, projecto de Frederico Ressano Garcia e inaugurado em 1882) in AFML

Avenida 24 de Julho - (entre 1871 e 1872) Fotógrafo não identificado (Aterro da BOAVISTA) in AFML


Avenida 24 de Julho - (18__) Fotógrafo não identificado (Aspecto da Praça Duque da Terceira durante as obras de construção do aterro) in LISBOA RIBEIRINHA
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(CONTINUAÇÃO)
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AVENIDA 24 DE JULHO [ IV ]
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«O ATERRO»
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O «ATERRO» está simultâneamente ligado ao «PORTO DE LISBOA».
Com a construção do «Porto de Lisboa» reconhecia-se a necessidade de obviar as medidas sanitárias nas margens do rio TEJO, bem assim como a inevitável expansão urbanística, condicionada pela realização do «ATERRO» (ver mais aqui) na zona com a designação muito frequente usada na época de: «ATERRO DA BOAVISTA».
Com o fim de acabar de vez com a verdadeira lixeira que nesta zona existia, e pensando já numa ordenação costeira na margem direita do rio, tendo em vista uma futura zona portuária, procedeu-se à construção de um «ATERRO» entre o «CAIS DO SODRÉ» e «ALCÂNTARA».
Vem seguramente do tempo de «D. JOÃO V» a ideia de ser criado o primeiro porto digno da sua capital.
Seguiu-se a administração do «MARQUÊS DE POMBAL» tendo o arquitecto «CARLOS MARDEL» dado certo contributo no estudo que compreendia entre o «TERREIRO DO PAÇO» e «BELÉM».
Mas só em 25 de Abril de 1884, «ANTÓNIO AUGUSTO DE AGUIAR» iria propor ao Parlamento, que fosse aberto concurso público para a construção do porto.
Depois de algumas alterações ao projecto inicial, foi adjudicada a obra à firma «HERSENT».
A 31 de Outubro de 1887 foi inaugurada a construção do PORTO DE LISBOA, pelo rei «D. LUÍS I».
Revestido de várias circunstâncias técnicas e administrativas, esta primeira fase de 1892 a 1894, teve o ESTADO de chamar a si a administração. Após o último ano, voltou novamente à empresa inicial.
Em 1907 depois de grande parte do porto se encontrar já concluído, passou toda a administração directamente para o ESTADO, através da «ADMINISTRAÇÃO GERAL DO PORTO DE LISBOA» até aos dias de hoje.
No ano de 1855 a praia da «BOAVISTA» começou gradualmente a ver o seu areal substituído por terra. Em 1858 todo este aterro alterava entre o «FORTE DE S. PAULO» (hoje Praça de D. Luís) e a praia de «SANTOS», que babujava o antigo PAÇO REAL «PALÁCIO DOS MARQUESES DE ABRANTES».
Em 1858-1859 abriam-se ruas ou boqueirões transversais e construía-se a «RAMPA DE SANTOS».
Teve a «CÂMARA» necessidade de expropriar nesta zona; a casa de «ABRANTES» e a de «ASSECA», para finalmente poder rasgar a «RUA 24 DE JULHO».
Data precisamente de 1860 a muralha de «SANTOS».
Embora a lentidão da obra fosse uma constante, sabe-se que em 1865 o «ATERRO» estava concluído até à «RIBEIRA NOVA», e em 1867 até ao «ARSENAL DA MARINHA», já com muralha.
Podemos datar com pouca margem de erro, o ano de 1867 como data provável na conclusão do «ATERRO».
Foi denominada «RUA 24 DE JULHO» (1878) à parte do ATERRO ocidental construída no prolongamento daquela rua, que começava na «PRAÇA DE D. LUÍS» e terminava no caneiro de «ALCÂNTARA». No ano de 1928 foi convertida a «AVENIDA».
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(CONTINUA) - (PRÓXIMO) «AVENIDA 24 DE JULHO [ V ] - MERCADO DA RIBEIRA NOVA (1)».





2 comentários:

Luisa disse...

Caro Agostinho,

Passo por aqui muitas vezes mas de carro. Já calcorreei esta avenida vezes sem conta, quando trabalhava na Pç. D. Luís e depois na rua com o mesmo nome. Onde é hoje o Museu das Comunicações.

Mais um belo passeio pela nossa Lisboa.

Bom domingo

APS disse...

Cara Luísa

Realmente a AVENIDA é tão longa que só de carro.
Coitados de alguns dos nossos antepassados que a tinham de calcorrear a pé.

Na RUA D.LUÍS I, tinha um colega de escola com quem ia estudar. Lembro-me de que o andar era muito grande, salas enormes e medonhas... prédios pombalinos.

Bom fim de semana!
Abraço
APS