quarta-feira, 25 de agosto de 2010

RUA DAS FLORES [ IV ]

Rua das Flores - (2009) Fotógrafo não identificado (Réplica em bronze da autoria de António Teixeira Lopes) in MARCAS DAS CIÊNCIAS
Rua das Flores (Ant. 26.07.2001) Fotógrafo não identificado (Estátua da "VERDADE" em lioz do escultor "ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES") in PESSOALISSIMO

Rua das Flores - (1980) Fotógrafo não identificado (Largo do Barão de Quintela e estátua de EÇA com a "VERDADE") in A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES


Rua das Flores - (Post. 1903) Foto de Paulo Guedes - (A estátua da "VERDADE" ainda em pedra lioz, no início do século XX no Largo do Barão de Quintela) in AFML
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(CONTINUAÇÃO)
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RUA DAS FLORES [ IV ]
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«ESTÁTUA DA "VERDADE"»
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Esta estátua concebida de acordo com os modelos do romantismo, inspira-se na frase "SOBRE A NUDEZ FORTE DA VERDADE O MANTO DIÁFANO DA FANTASIA", retirada da obra de «EÇA DE QUEIROZ» do livro «A RELÍQUIA».
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» o escultor, convoca a nossa atenção para a dinâmica existente entre o escritor e a respectiva obra. Realismo, descritivo e considerado um dos renovadores da prosa portuguesa, serve-se da imaginação para dar corpo a uma obra crítica, de forte pendor irónico a questionar continuamente os valores estabelecidos.
É pois na relação entre criador e obra que o escultor nortenho concebeu a peça, destinada a corresponder à vontade da homenagem, por parte de outros homens das letras.
Deste modo o autor de várias obras entre elas «A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES» é representado na pedra com toda a fidelidade imagética, enquanto que a figura feminina, alegórica ao espírito criativo, sedutora e seduzida, impõe-se pelo naturalismo de tratamento e de grande sensualidade, em abandono ao seu "protector".
«ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES» dá corpo à metáfora literária, representada na alegoria de um nu feminino e sensual, apenas parcialmente coberto por um panejamento transparente, de grande elegância e naturalista, contrasta com a interpretação realista da figura de «EÇA DE QUEIROZ».
«ESTÁTUA»
Original em lioz da autoria de «ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES (filho)- (1866-1942)», inaugurada em 1903, no «LARGO DO BARÃO DE QUINTELA».
O original, alvo de constantes actos de vandalismo, foi removido para o «MUSEU DA CIDADE DE LISBOA» no «CAMPO GRANDE» no ano de 2001.
Para o seu lugar, veio uma réplica em bronze, no dia 26 de Julho de 2001.
(CONTINUA) - (PRÓXIMO) - «RUA DAS FLORES [ V ] - LARGO DO BARÃO DE QUINTELA E PALÁCIO QUINTELA»


2 comentários:

Ricardo Moreira disse...

Que tristeza ter que se encerrar longe da vista estes tesouros por a civilização ainda não ter chegado a todo o lado.

APS disse...

Caro Ricardo Moreira

Tem toda a razão no que diz.

Abraço
APS