sábado, 7 de abril de 2012

RUA VÍTOR CORDON [ IV ]

Rua Vítor Cordon - (1890) (Foto de autor não identificado) (O "MAPA COR-DE-ROSA" a causa do "ULTIMATUM" dos ingleses, a "PORTUGAL" seu aliado de longa data) in HISTÓRIAS DE ONTEM E DE HOJE...
Rua Vítor Cordon - (Finais do século XIX) Foto de autor não identificado ("Francisco Maria Vítor Cordon" um dos briosos e audaciosos exploradores africanistas) in MARCAS DAS CIÊNCIAS E DA TÉCNICAS
Rua Vítor Cordon - (ant. 1969) Foto de João H. Goulart ("RUA VÍTOR CORDON" nos anos 60 do século passado) in AFML
Rua Vítor Cordon - (1951) (Casa da Moeda) (Emissão comemorativa do centenário de nascimento de "VÍTOR CORDON" - Selo de cinco escudos de Moçambique) in FILATELIA DE MOÇAMBIQUE

(CONTINUAÇÃO) - RUA VÍTOR CORDON [ IV ]

«FRANCISCO MARIA VÍTOR CORDON»

O glorioso explorador africano «FRANCISCO MARIA VÍTOR CORDON», nasceu em ESTREMOZ no dia 15 de Março de 1851 e faleceu em MAFRA em 15 de Agosto de 1901, quando frequentava um curso na «ESCOLA DE INFANTARIA» para a sua promoção a major.
No anos de 1871 começa a sua vida militar alistando-se como voluntário no «BATALHÃO DE CAÇADORES 5». Em 1876 e 1881 é promovido de alferes a tenente e por último a capitão. Participou numa expedição a «ANGOLA», com o intuito de estudar e construir o caminho-de-ferro de «AMBACA». É nomeado Governador de «AMBRIZ» (1882) e de «NOVO REDONDO» no ano de 1884, procedeu ainda à administração dos Serviços de Obras Públicas.
Em Julho de 1888 regressa a LISBOA, tendo partido nesse mesmo ano com rumo a «MOÇAMBIQUE», juntamente com «PAIVA DE ANDRADE» e «ANTÓNIO MARIA CARDOSO».
Chefiava então uma das expedições que se organizaram para explorar o interior do Continente Africano, passando por regiões como «QUELI», «INHAMISSENGO», «ZAMBEZE», «MASSANGANA», «TETE», «CACHOEIRA DE CAULA BANA», «CHICOA», «ZUMBO», «TANHAME», «MACONDE», «QUILIMANE» e a região de «MANICA», já em 1889. Depois atingiu a foz do «SINHATI», regressando a «QUELIMANE» no final desse ano.
Devido ao «ULTIMATUM INGLÊS» que ocorreu em Janeiro de 1890, regressou a LISBOA, juntamente com «SERPA PINTO», sendo acolhido com grandes homenagens.
«VÍTOR CORDON» recebeu a medalha de prata pelo comportamento exemplar e pelo notável trabalho que efectuou. A «CÂMARA DOS DEPUTADOS» proclamou-o benemérito da Pátria e o Governo distinguiu-o com o grau de Cavaleiro da "Ordem Militar da Torre e Espada".
No seu último regresso a Lisboa, dele se ocupou elogiosamente a imprensa da época, a fama e a glória, com arrebatamento característico do génio meridional.
A «CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA» deu-lhe um nome de «RUA» em 06.02.1890 numa artéria onde existia a «RUA DO FERRAGIAL DE CIMA» para homenagear este brioso e arrojado explorador africanista.
Ao seu funeral, só meia dúzia de fieis apenas acompanharam o herói, que anos antes arrastava atrás de si multidões entusiasmadas. Os jornais consagraram-lhe meia dúzia de linhas, o coveiro lançou-lhe meia dúzia de pás de terra, e o mundo continuou o seu giro normal.
«ULTIMATIUM INGLÊS»
A nota enviada pelo Governo Inglês, da presidência de «LORD SALISBURY», em 11 de Janeiro de 1890, exigindo a retirada das forças militares do major «SERPA PINTO», que procuravam garantir a soberania portuguesa nos (actuais "ZIMBABWE" e "ZÂMBIA") terrenos dos «MACHONOS» e «MACOLOLOS» e no «CHIRE» (Moçambique). Portugal empenhou-se em dar efectividade ao «MAPA COR-DE-ROSA», marcando a sua presença nas áreas compreendidas entre «ANGOLA» e «MOÇAMBIQUE», da costa do "ATLÂNTICO" à contra costa do "ÍNDICO". A este plano se opôs terminantemente a Inglaterra empenhada em alargar a sua influência no interior do território africano a partia da «ÁFRICA DO SUL». Daí o «ULTIMATUM» ao qual, por inferioridade militar, Portugal teve de ceder.
A humilhação transforma-se em luto Nacional, acentua-se um desconforto generalizado entre o povo, levantando uma onde de indignação, esta, aproveitada pelos republicanos com o fim de lançarem o descrédito sobre a monarquia.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)-«RUA VÍTOR CORDON [ V ] -O CONVENTO DE S.FRANCISCO ( 1 )»

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