sábado, 26 de maio de 2012

RUA VÍTOR CORDON [ XVIII ]

 Rua Vítor Cordon - (1963) - ("CORO e ORQUESTRA da FNAT" em actuação num dos "SERÕES PARA TRABALHADORES") in ARQUIVO/APS
 Rua Vítor Cordon - (1964) - (BAR da FNAT anexo ao refeitório na "Rua Vítor Cordon", alguns elementos da Coro) in ARQUIVO/APS
 Rua Vítor Cordon - (1964) - (Bar da FNAT anexo ao refeitório na "Rua Vítor Cordon" onde, depois do almoço, podíamos jogar uma partida de "DAMAS" ou "XADREZ") in ARQUIVO/APS 
 Rua Vítor Cordon - (1964) - ("Duarte Pestana e esposa" no almoço em homenagem ao maestro que o Coro e a Orquestra lhe proporcionaram, no 1º andar da "Rua Vítor Cordon") in ARQUIVO/APS
 Rua Vítor Cordon - (1963) - (Refeitório da FNAT na "RUA VÍTOR CORDON" um almoço de confraternização do Coro) in ARQUIVO/APS
Rua Vítor Cordon - (1962) - (Programa de um "SERÃO CULTURAL e RECREATIVO" dedicado ao "GRUPO DESPORTIVO DOS MÓVEIS OLAIO", em "S. JOÃO DA TALHA") in ARQUIVO/APS

(CONTINUAÇÃO) - RUA VÍTOR CORDON [ XVIII ]

«DUARTE PESTANA - CORO E ORQUESTRA DA FNAT ( 2 )»

Na continuação  da entrevista, relacionado com o Coro, perguntava o entrevistador:
- O coro não canta composições suas?
- Pouca coisa e, se me é lícito mencionar algumas, só o farei em relação ao «ABRAÇO A PORTUGAL», fantasia popular na qual pretendi dar um "cheirinho" das características musicais de cada província do Continente e Ultramar. De resto, o tempo de que disponho para «arranjos» todo o reportório do coro  e orquestra em versões especiais por não existirem conjuntos similares entre nós, não me permite dedicar melhor atenção aos meus originais. Vale-me ainda, a boa colaboração de alguns elementos do coro, que muito me ajudam com as suas adaptações de «letras», sendo para agradecer em especial a «ILDA BELO», «HELDER PADESCA» e «MANUEL ANTÓNIO GODINHO DE OLIVEIRA».
- Tem encontrado sempre boa aceitação por parte do público?
- Não tenho razões de queixa e, ainda que fosse menos feliz nesse aspecto,  nem por isso me lamentaria do esforço despendido para oferecer audições que possam, de algum modo, contribuir para a divulgação da boa música.
- Pode sintetizar quais os fins a que se destinam os Serões?
- Usando uma frase típica da FNAT, direi apenas que a intenção é preencher os tempos livres dos trabalhadores.
- Quais as suas recordações mais agradáveis?
- Posso considerar-me feliz nesse aspecto por ter muitas e gratas recordações, mas posso salientar: o êxito da nossa actuação ao «Milésimo Serão para Trabalhadores» ao qual terão assistido as mais altas dignidades, o espectáculo que efectuámos ao ar livre junto à ponte da Portela em COIMBRA, com uma assistência avaliada em cerca de vinte mil espectadores, a inesperada homenagem que  os meus queridos amigos do Coro e da Orquestra me prestaram recentemente.
- Conta então com boas amizades no elenco?
- Não tenho dúvida a esse respeito e nada me poderia ser mais grato, até porque aprecio muito particularmente essa maravilhosa palavra que é a amizade e, talvez por isso mesmo, eu a todos estimo também como se fossem da minha família.
- Quais os seus projectos futuros?
- Se a saúde o permitir e o apoio dos meus superiores não me faltar, procurarei prosseguir com todo o entusiasmo e com a firme vontade de elevar sempre e cada vez mais, o nível do «CONJUNTO CORAL E ORQUESTRA» para que, afinal, se possam realizar bons «SERÕES», já que são esse os desejos e os propósitos da FNAT.

SINOPSE DA BIOGRAFIA DO MAESTRO "DUARTE FERREIRA PESTANA"
«DUARTE FERREIRA PESTANA» nasceu a 21 de Fevereiro de 1911 em "TÕES", pequena freguesia do Concelho de ARMAMAR, distrito de VISEU. Toda a paixão pela música que o pai possuía foi herdada pelos filhos. Aos 7 anos já tocava na filarmónica local,  e aos 14, matriculou-se no «CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DO PORTO», onde sempre obteve altas classificações nas várias disciplinas. Aos 16, assentou praça voluntariamente como aprendiz de música na «BANDA DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA DO PORTO» e, mais tarde (1935) foi convidado a preencher um dos principais lugares de solista na BANDA da mesma Corporação de LISBOA, função que desempenhou durante 22 anos, tendo pedido a sua aposentação no posto de subchefe.
Fez parte de várias orquestras sinfónicas e de Ópera. Dirigiu várias orquestras ligeiras e, dirigiu o «CORO e a ORQUESTRA da FNAT». Da sua actividade de compositor, podemos citar várias fantasias; «UVAS DO DOURO», «ARCO ÍRIS», «PAISAGEM RIBATEJANA» e «FADO SEM PALAVRAS», tendo-se ainda dedicado a música para cinema, teatro e bailado, além de inúmeras composições ligeiras.
«DUARTE PESTANA» desde 1957 à frente do «CORO E ORQUESTRA DA FNAT», muito contribuiu para o constante interesse dos desejados «SERÕES PARA TRABALHADORES». A sua morte ocorreu em 3 de Dezembro de 1974.

Explicação complementar: Os ensaios tanto do «CORO» como da «ORQUESTRA» eram efectuados na «RUA VÍTOR CORDON» número um, no primeiro andar, antigo palácio dos Condes de VILA FRANCA, depois Condes de RIBEIRA GRANDE.

(CONTINUA) - (PRÓXIMO) -«RUA VÍTOR CORDON -VISCONDE DA RIBEIRA BRAVA»      

2 comentários:

Manuel Tomaz disse...

Mais um sequencia de imagens e recordações que nos mostram o que já vivemos, tal como aquele bar, junto ao refeitório. Obrigado!

APS disse...

Caro Manuel Tomaz
Aquele bar tem bastante história e muitas horas de partidas de Xadrez.
Almoçávamos a correr para ir jogar, e por vezes já chegávamos ao trabalho em cima da hora. Coisas de adolescentes.
Um abraço
APS