quarta-feira, 23 de abril de 2014

RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS- 2ª SÉRIE [ XI ]

RUA ARNALDO GAMA
 Rua Arnaldo Gama - (2013) - (A "RUA ARNALDO GAMA" no antigo "Bairro do Arco do Cego" na recente freguesia do "AREEIRO")  in  GOOGLE EARTH 
 Rua Arnaldo Gama - (2007) - (Panorâmica do antigo "Bairro Social do Arco do Cego" onde se insere a "Rua Arnaldo Gama")  in  GOOGLE EARTH
 Rua Arnaldo Gama - (2013) - (Um troço da "Rua Arnaldo Gama" no antigo "Bairro do Arco do Cego")  in  GOOGLE EARTH  
 Rua Arnaldo Gama - (1863) - (O "SARGENTO-MOR DE VILAR" uma obra de "Arnaldo Gama" que relata episódios da invasão dos franceses em 1809)  in  LIVRARIA LUMIÈRE
 Rua Arnaldo Gama - (1876) - (Edição popular da obra de "Arnaldo Gama" com o título "EL-REI DINHEIRO", edição póstuma sob a direcção de "Augusto Gama") in  LOJA DO JÚLIO 
Rua Arnaldo Gama - (1973) ("Obras de Arnaldo Gama" publicado por "Lello & Irmãos Editores) in MERCADO LIVRE

(CONTINUAÇÃO)-RUAS COM NOMES DE JORNALISTAS- 2ª SÉRIE [ XI ]

«RUA ARNALDO GAMA»

A «RUA ARNALDO GAMA» pertencia à freguesia de "SÃO JOÃO DE BRITO" que pela REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA, juntamente com a antiga freguesia do "ALTO DO PINA" agrupadas, passando a denominar-se freguesia do «AREEIRO».
Tem o seu início na RUA BRÁS PACHECO e finaliza na "RUA JOSÉ SARMENTO".
Por Edital publicado em 18 de Julho de 1933 destinou a "RUA Nº 3" do "BAIRRO SOCIAL DO ARCO DO CEGO", entre as ruas "COSTA GOODOLFIM" e "BRÁS PACHECO", consagrar a «RUA ARNALDO GAMA», ficando assim, perpetuado mais um jornalista portuense, na toponímia alfacinha.

ARNALDO DE SOUSA DANTES DA GAMA conhecido mais como escritor que jornalista, e especialmente como autor de romances históricos, este portuense (nascido em 1 de Agosto de 1828) também andou pelos jornais como se verá.
Foi a COIMBRA formar-se em DIREITO e voltou ao PORTO, onde montou escritório de Advogado. Passou, aliás, praticamente toda a vida no grande burgo nortenho, situando ali parte da sua obra.
Nos seus curtos 41 anos de vida (faleceu no PORTO, em 29 de Agosto de 1869), publicou poesia e contos. Mas foi, como se disse, no romance histórico que veio a tornar-se célebre.
De facto, os analistas da sua obra são unânimes em dizer que os romances eram escritos com notável exactidão, de acordo com o rigor histórico e sem dar larga margem à imaginação, como era apanágio de muitos dos seus camaradas na época. 

Destacam-se as obras "O GÉNIO DO MAL"(1856-1857) (Obra em quatro volumes, começada a editar quando ARNALDO GAMA tinha apenas 28 anos),  "UM MOTIM DE HÁ CEM ANOS" (1861), "O SARGENTO-MOR DE VILAR" (1863), "O SEGREDO DO ABADE" (1864), "A ÚLTIMA DONA DE S. NICOLAU" (1864), !O FILHO DO BALDAIA" (1866), "A CALDEIRA DE PERO BOTELHO" (1866), "O BALIO DO LEÇA" (1872), póstumo  o "EL-REI DINHEIRO" (1876), são as suas mais conhecidas obras.
Mas também a este homem da história e do foro, tentaram os demónios do jornalismo. Começou devagarinho, como redactor de um jornal literário, "A PENINSULA", onde escrevia, portanto, sobre temas considerados como da "sua arte". Mas o bichinho da política mordeu-o e aí não resistiu a ser redactor político e a sustentar algumas aguerridas polémicas.
Trabalhou então nos jornais "PORTO e CARTA", "CONSERVADOR" e acabou por fundar o "JORNAL DO NORTE".
Foi distinguido como "Cavaleiro da Ordem de Torre-e-Espada" e era sócio da "ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA".
LISBOA quis consagrar numa rua sua o nome deste ilustre escritor e jornalista portuense "ARNALDO GAMA".
Na verdade, esta ronda singela, que temos vindo a fazer pelas "RUAS DE LISBOA" que usam nomes de homens e mulheres ligadas aos jornais, vem recordando que muito boa gente percorreu o caminho inverso: isto é, houve muitos que se distinguiram noutros campos, nomeadamente na escrita de livros de qualidade, e não resistiram à tentação dos jornais. Os exemplos não faltam, no passado e no presente.

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