sábado, 15 de julho de 2017

RUA ALFREDO DA SILVA [ XIII ]

«A C.U.F. NO BARREIRO ( 1 ) 
 Rua Alfredo da Silva - ( 1971 )  -  (Vista aérea do complexo da C.U.F. no BARREIRO, uma obra pensada por ALFREDO DA SILVA)  in  RESTOS DE COLECÇÃO
 Rua Alfredo da Silva - ( 1907)  - (Construção do complexo Industrial da CUF do Barreiro. O empreendimento deve-se à persistência de ALFREDO DA SILVA, que escolheu a VILA (hoje CIDADE), fez uma opção decisiva para o progresso da margem Sul)  in   FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
 Rua Alfredo da Silva -  (1908)  -  (Uma das fases de construção da Fábrica de Adubos da CUF no BARREIRO)  in  UM OLHAR SOBRE O BARREIRO
 Rua Alfredo da Silva - (ant. 1909)  -  (Assentamento de linhas Férreas para servir as fábricas da Companhia na CUF do BARREIRO)  in  FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
 Rua Alfredo da Silva - (01.01.1901)  -  Retrato de HENRIQUE BURNAY 1838-1909, par do Reino, empresário, Banqueiro e Industrial português, possuía inicialmente em LISBOA, a "COMPANHIA UNIÃO FABRIL)   in  WIKIPÉDIA
 Rua Alfredo da Silva - (1927) -  (Companhia de Adubos da CUF. Um cartaz para cada ano, mostrando o agricultor "ZÉ POVINHO" cada vez mais prospero)  in  FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX
Rua Alfredo da Silva  - (1931)  - (E assim vão prosperando com a campanha de Adubos dos "PHOSPHATOS" da CUF)  in  FOTOBIOGRAFIAS SÉCULO XX


(CONTINUAÇÃO) - RUA ALFREDO DA SILVA [ XIII ]

«A  C. U. F. NO BARREIRO ( 1 ) »


A "ALIANÇA FABRIL" e a "UNIÃO FABRIL", duas companhias congéneres e rivais, tinham alguns accionistas em comum, a começar pelo próprio "1.º CONDE DE BURNAY - HENRIQUE BURNAY " (1838-1909), que "ALFREDO DA SILVA terá conhecido na CARRIS.
A "UNIÃO FABRIL", fundada em 1865, tinha as suas fábricas em ALCÂNTARA e os escritórios na RUA DA ALFANDEGA. Dedicava-se ao fabrico e venda de produtos similares aos produzidos pela "ALIANÇA FABRIL".

Depois da fusão entre a "COMPANHIA ALIANÇA FABRIL" e a "COMPANHIA UNIÃO FABRIL" em 1898, como resultado surge uma "C.U.F."  mais reforçada, passando "ALFREDO DA SILVA" a ser o Administrador Gerente da nova empresa.

Em poucos anos a "C.U.F."  impor-se-à como uma referência no âmbito do programa produtivo nacional. A história e a laboriosa construção do grupo económico a que deu origem surge como o cumprimento dos desígnios de uma lógica concebida, interpretada e executada pelo seu criador.
A C.U.F. continuou a sua actividade dentro dos mesmos produtos ( velas, óleos, adubos...), enfrentando algumas dificuldades, até colocadas pela concorrência, mas beneficiando da pauta proteccionista de 1892, que lhe permitiu um período auspicioso. "ALFREDO DA SILVA" prossegue a sua cruzada; melhora as instalações da fábrica de sabão das FONTAÍNHAS, abre uma Agência em TOMAR para venda de ADUBOS. No final do ano de 1902 apresenta ao Conselho de Administração um projecto e a respectiva planta de um apeadeiro ou Estação de Caminho de Ferro dentro da fábrica das FONTAÍNHAS, que será concretizado em 1903. São-lhe atribuídos alguns galardões, diplomas de honra e medalhas de ouro. Crescem a importância e o respeito pelo INDUSTRIAL que se vai impondo nas diversas esferas da  SOCIEDADE PORTUGUESA; não apenas pelo seu dinamismo e actuação na C.U.F., como participando na vida pública; intervindo no que se refere a matérias económicas junto dos poderes públicos através da sua representação junto da CÂMARA DOS DEPUTADOS e encontros com o "MINISTRO DA FAZENDA" ou participando na actividade da ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA.  "ALFREDO DA SILVA" não hesita em acompanhar "JOÃO FRANCO", que em 1901 tinha provocado uma cisão dentro do PARTIDO REGENERADOR, dando origem ao PARTIDO REGENERADOR-LIBERAL. 
"JOÃO FRANCO" é chamado para o GOVERNO e contava já com o apoio de ALFREDO DA SILVA entre outros notáveis. ALFREDO DA SILVA foi eleito deputado "FRANQUISTA". Sabe-se que  "JOÃO FRANCO" em 1907, começa a governar em DITADURA, num ambiente de profundo isolamento e crescente contestação, cai em profundo desamor do povo. Na história, como se sabe, conduz-nos ao regicídio de DOM CARLOS I, a 1 de Fevereiro de 1908. "JOÃO FRANCO" sai da cena política e o homem da C.U.F. vê chegar ao fim esta experiência política em que se envolvera.

Finalmente é tomada a decisão de instalar a C.U.F. no BARREIRO, por volta de 1907, tinha a CUF então já mais de quarenta anos de existência, limitada às suas velhas instalações fabris de LISBOA (com as Fábricas SOL e UNIÃO) e a de ALFERRAREDE; mas a visão de "ALFREDO DA SILVA" fê-lo antever a conveniência da criação, também, de uma instalação na margem esquerda do TEJO, donde pudesse difundir, para o SUL do País, a sua produção de ADUBOS.

(CONTINUA)-(PRÓXIMO)«RUA ALFREDO DA SILVA [ XIV ]-A CUF NO BARREIRO (2)» 

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